sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O Gerativismo

O gerativismo assume como um dos seus pressupostos que a linguagem é uma capacidade inata do ser humano, isto é, uma "propriedade" de nossa espécie. Há então, três evidencias que sustentam o pressuposto do inatismo, que são:
1- todos os grupos humanos falam uma língua natural.
2- todas as línguas tem o mesmo grau de complexidade, mesma natureza e mesmo número de regras.
3- a rapidez de aprendizagem da criança.

Os estudos sobre a afasia (uma desorganização da linguagem, decorrente da lesão de alguma região cerebral especializada nas funções linguisticas.) contribuiu na formulação do postulado de que a linguagem tem realidade biológica, pois existem certas áreas do cérebro humano, que quando sofrem danos perdem certas capacidades de linguagem.

O neurocientista  alemão Eric Lennenberg, apresenta quatro critérios para se distinguir o que é predisposição biológica do que é criação cultural e se vale de parâmetros para definir a natureza da capacidade linguistica ( ordem estrutural ou biológica). Tais critérios são:
Primeiro critério: não há variações nas línguas, são essencialmente iguais.


Segundo critério: a capacidade da linguagem é hereditária tanto quanto a capacidade de andar, elas se desenvolvem ao longo da sua existência.


Terceiro critério: predisposição hereditária, ou seja, não é necessário que saiba uma língua para se comunicar)


Quarto critério: Presença ou correlações orgânicas específicas ( as etapas de aquisição da linguagem são sempre as mesmas, independente da língua.)

De acordo com Noan Chomsky, a linguagem humana baseia-se em uma propriedade elementar chamada propriedade da infinitude discreta, onde diz que com um número limitado de palavras é possível criar um número ilimitado de orações, e que isto é algo próprio do ser humano.

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